O uso excessivo de telas, aliado à pouca exposição à luz natural, está diretamente relacionado ao aumento significativo dos casos de miopia em crianças.
A miopia já afeta cerca de 30% da população mundial. Estima-se que, até 2050, esse número chegue a 50%. O mais preocupante é o crescimento dos casos de alta miopia, condição que ultrapassa 5 graus e está associada a complicações sérias como descolamento de retina, glaucoma e degenerações da mácula, podendo resultar em perda irreversível da visão.
Nas últimas décadas, notamos o surgimento da chamada miopia precoce, em que o distúrbio visual aparece antes dos cinco anos de idade. Isso ocorre, principalmente, devido ao uso intenso de dispositivos digitais como celulares e tablets, que exigem esforço visual de perto por longos períodos.
Quanto mais cedo a miopia se desenvolve, maiores são as chances de progressão acentuada ao longo dos anos. O confinamento e a baixa exposição à luz natural também são fatores agravantes. Crianças que passam pouco tempo ao ar livre apresentam maior risco de desenvolver o problema.
Além da dificuldade para enxergar de longe, outros sinais podem indicar a presença de miopia infantil: aproximação excessiva aos objetos, coceira frequente nos olhos, olhos vermelhos ou cansaço visual. O acompanhamento oftalmológico desde os primeiros anos é fundamental para detectar e controlar o avanço do distúrbio.
Atualmente, existem tratamentos que auxiliam na desaceleração da progressão da miopia, como colírios específicos, lentes de contato com tecnologia antiprogressão e óculos com filtros adequados. Esses recursos podem reduzir em até 70% o avanço do grau, protegendo a saúde ocular a longo prazo.
É importante ressaltar que a cirurgia refrativa, embora melhore a visão, não reduz os riscos associados à alta miopia, pois o tamanho do globo ocular permanece alterado. Por isso, o foco deve estar na prevenção e no tratamento precoce.
A recomendação é clara: reduzir o tempo de uso de telas nas crianças, manter os dispositivos o mais distante possível dos olhos e incentivar atividades ao ar livre, sob luz natural. Além disso, a Sociedade Brasileira de Oftalmologia orienta que toda criança realize uma avaliação oftalmológica entre 6 meses e 1 ano de vida, seguida de nova consulta entre 3 e 5 anos.
Cuidar da visão na infância é um investimento em qualidade de vida no futuro.
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